Paralisação: empresa 1001 deixa cerca de 15 bairros de São Luís sem ônibus pelo 11º dia

Paralisação: empresa 1001 deixa cerca de 15 bairros de São Luís sem ônibus pelo 11º dia

Pelo 11º dia seguido, a paralisação dos motoristas da empresa 1001 deixou moradores de cerca de 15 bairros de São Luís sem ônibus na manhã desta segunda-feira (24). Os motoristas protestam contra atrasos salariais e podem desencadear uma greve geral do sistema na próxima quarta-feira (26) se não houver acordo.

Os rodoviários, que mantêm o protesto na porta da garagem da 1001, reivindicam a quitação imediata dos vencimentos atrasados. A empresa, por sua vez, atribui a falta de recursos à ausência do repasse integral do subsídio que deveria ser pago pela Prefeitura de São Luís.

Ameaça de greve geral

A Prefeitura de São Luís rebate a alegação, afirmando que já efetua o pagamento necessário para cobrir os salários dos trabalhadores. Contudo, o Município justifica que não deposita 100% do subsídio total porque a empresa 1001 tem operado com apenas 80% da frota exigida.

Diante do cenário de incerteza e dos atrasos considerados frequentes pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (Sttrema), a categoria elevou o tom da cobrança. Na última sexta-feira (21), o Sttrema protocolou um ofício e deu um prazo de 72 horas úteis para que as empresas paguem todas as pendências. Caso o prazo não seja cumprido, o sindicato afirma que irá deflagrar uma greve. Segundo o Sttrema, a paralisação pode interromper completamente o sistema de transporte urbano da capital maranhense.

Impasse judicial e subsídio

A Prefeitura de São Luís tenta, por via judicial, garantir o pagamento dos motoristas. O prefeito Eduardo Braide (PSD) anunciou que pretende depositar 100% do subsídio em uma conta vinculada à Justiça. A medida garante o pagamento previsto no acordo firmado no início do ano.

No entanto, o Município encontrou um entrave legal. Após a juíza extinguir a primeira ação em 1º grau — ao afirmar que apenas o Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA) pode analisar questões de greve, liminares e dissídio coletivo —, a Prefeitura protocolou um novo pedido diretamente no TRT-MA. A decisão inicial impediu o prefeito de depositar os R$ 2 milhões anunciados.

Enquanto a disputa se desenrola nos tribunais e nas garagens, a população enfrenta transtornos. As linhas afetadas atendem os bairros Ribeira, Vila Kiola, Vila Itamar, Tibiri, Cohatrac, Parque Jair, Parque Vitória, Alto do Turu, Vila Lobão, Vila Isabel Cafeteira, Vila Esperança, Pedra Caída, Recanto Verde, Forquilha e Ipem Turu.

A SMTT, por sua vez, limitou-se a informar que acompanha as negociações e que continua oferecendo vouchers de corridas por aplicativo para tentar mitigar o impacto da paralisação no cotidiano dos moradores.

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