O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Maranhão (MPMA) promoveram, na última quinta-feira (11), uma escuta pública em Alcântara para debater os desafios da educação básica no município. A iniciativa, vinculada ao programa Ministério Público pela Educação (MPEduc), reuniu moradores, professores e autoridades no auditório do Instituto Federal do Maranhão (Ifma) e incluiu visitas a escolas das zonas urbana e rural.
O principal objetivo da escuta foi envolver a comunidade na discussão e apresentar o panorama da educação em Alcântara. As visitas às escolas, por sua vez, ajudaram os representantes do MP a entender melhor a realidade local. As informações e dados coletados servirão de base para que os Ministérios Públicos proponham soluções aos problemas enfrentados pela comunidade escolar.
Desafios e Problemas
Entre os principais desafios encontrados em Alcântara, destacam-se a falta de climatização em muitas escolas e a infraestrutura antiga de algumas unidades, que apresentam problemas como a falta de portas adequadas e dificuldades acústicas nas salas de aula, prejudicando a concentração dos alunos. Além disso, muitas escolas não têm salas de atendimento especializado e a merenda escolar enfrenta a falta de alguns itens.
Na zona rural, as dificuldades são ainda maiores. O transporte escolar tem limitações e algumas escolas funcionam na modalidade multisseriada, na qual um único professor leciona para alunos de diferentes idades na mesma sala. Isso afeta diretamente a qualidade do ensino, e os problemas se refletem nos baixos índices educacionais da cidade.
No último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Alcântara alcançou apenas 4,4 pontos, abaixo da meta ideal de 6. Para os Ministérios Públicos, a situação reforça a necessidade de avaliar não só o desempenho dos estudantes, mas também as condições de aprendizado nas escolas.
Próximos Passos
Apesar dos desafios, a escuta também revelou iniciativas positivas, como o envolvimento de professores na organização de eventos para promover a educação quilombola, o que fortalece a identidade cultural e a diversidade no ensino.
“O município de Alcântara foi escolhido neste ano de 2025 com o objetivo de auxiliar na melhoria do Ideb, porque os índices não estão positivos. Então, nessa semana, nós fomos a 11 escolas, tanto na zona rural, como também na sede, para entender melhor como está a situação nessas unidades de ensino”, disse o procurador da República Thomaz Muylaert de Carvalho Britto, coordenador do MPEduc no Maranhão.
Uma segunda escuta pública está prevista para abril ou maio de 2026 para avaliar os progressos.
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