Na última segunda-feira (4), a equipe médica do Hospital São Domingos realizou com sucesso o primeiro procedimento de ablação de fibrilação atrial por campo pulsado (Farapulse) no Maranhão. Considerada uma das técnicas mais modernas no tratamento de arritmias cardíacas, o método oferece mais segurança e agilidade na recuperação dos pacientes.
A novidade foi divulgada pelo cardiologista Dr. Marcelo François, especialista em arritmologia do Hospital São Domingos, durante entrevista ao vivo no programa Manhã da Pan, nesta quarta-feira (6). Ele integra a equipe responsável pelo procedimento ao lado dos também cardiologistas Dr. Aldryn Castro e Dra. Raquel Brito.

Ouça a entrevista na íntegra aqui!
Entrevista
Durante a entrevista, o Dr. François explicou que a fibrilação atrial é uma alteração no ritmo do coração que, se não tratada adequadamente, pode aumentar o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. A nova técnica de ablação por campo pulsado, segundo ele, permite uma intervenção menos invasiva e mais precisa, revolucionando o tratamento da condição.
“A lesão é controlada por tempo magnético, em ciclos de dois segundos, provocando uma alteração superficial na membrana celular. Isso impede a propagação do estímulo elétrico anormal no coração, eliminando a arritmia de forma eficaz e segura”, explicou Dr. Marcelo.
Segundo o médico especialista, com apenas quatro aplicações, é possível interromper o foco da arritmia. Outro grande diferencial do método Farapulse é a redução significativa dos riscos de lesões em áreas sensíveis, como o esôfago e o nervo frênico, que são as complicações mais temidas em ablações convencionais.
Cuidados e prevenção
O especialista também ressaltou a importância do diagnóstico precoce e cuidadoso, alertando que muitos sintomas atribuídos ao coração podem ter origem emocional ou psicológica.
Como forma de prevenção da fibrilação atrial e outras arritmias, o Dr. François recomenda:
- Prática regular de exercícios físicos
- Alimentação balanceada
- Controle da pressão arterial e diabetes
- Evitar tabagismo, consumo excessivo de álcool e cafeína
- Realizar consultas médicas periódicas e exames de rotina
Diagnóstico
O diagnóstico da fibrilação atrial combina avaliação clínica, eletrocardiograma e, quando necessário, exames complementares. A investigação começa com o histórico do paciente e o exame físico, e o ECG é fundamental para confirmar a arritmia. Em alguns casos, exames como ecocardiograma, análises laboratoriais e monitoramento cardíaco ajudam a identificar a causa e orientar o melhor tratamento.
Baixe o app da Jovem São Luís e acompanha as notícias https://www.jovempansaoluis.com.br/aplicativo/
Siga no Instagram e confira as informações https://www.instagram.com/jovempansaoluis/
Siga o canal da Jovem Pan no Whatsapp e fique por dentro das principais notícias. Clique aqui.