O Maranhão dará um passo inédito na área espacial em setembro, com o lançamento do nanossatélite Jussara-K a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Será o primeiro satélite desenvolvido no estado a alcançar a órbita em um voo comercial, marcando um feito histórico para a ciência e tecnologia maranhense.
O projeto é fruto de um acordo de cooperação entre o Governo do Estado e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A iniciativa conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). O nanossatélite foi projetado para coletar dados ambientais, com aplicações diversas, como o monitoramento de queimadas e a preservação de espécies.
Pioneirismo
O Jussara-K é o primeiro satélite desenvolvido na UFMA. Do tipo spin-off, derivado do projeto Aldebaran, ele se destaca por ser o primeiro satélite do Maranhão lançado a partir da base de Alcântara. Esse feito é também emblemático por representar o primeiro lançamento orbital de um satélite diretamente do CLA.

A iniciativa integra o projeto “Desenvolvimento de um Cubesat Padrão 1U de Baixo Custo para Missão Alcântara em Órbita”. O plano prevê o desenvolvimento, montagem, testes e integração do Jussara-K ao lançador HANBIT-Nano, da empresa sul-coreana INNOSPACE. Alunos do curso de Engenharia Aeroespacial da UFMA participam ativamente de todas as etapas do processo, desde a concepção da missão até o descarte do satélite, promovendo uma formação prática e especializada em tecnologia espacial.
Apoio
O apoio da Fapema inclui a aquisição de painéis solares para o sistema de energia do satélite, o desenvolvimento de uma Plataforma de Coleta de Dados (PCD), o custeio de despesas da equipe técnica da UFMA envolvida na integração com o foguete lançador e a divulgação pública do lançamento.

O lançamento do Jussara-K ocorrerá no CLA, um dos locais mais favoráveis do mundo para lançamentos em órbita equatorial. Carlos Brito, coordenador do curso de Engenharia Aeroespacial da UFMA e coordenador-geral do projeto Jussara-K – Missão Alcântara em Órbita –, explicou a escolha do nome do satélite:
“Nós colocamos o nome Jussara porque representa uma fruta regional. Só aqui no Maranhão chamamos de juçara, e não açaí. E é Jussara com dois ‘s’, que faz referência a ‘smallsat’, ou seja, exatamente a categoria do satélite com a qual estamos trabalhando”, detalhou.
Luís Cláudio de Oliveira Silva, professor da UFMA e responsável pelo segmento espacial do satélite, informou que o equipamento orbitará a Terra a uma altitude aproximada de 500 km, com uma velocidade de cerca de 27.800 km por hora.
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