A Secretaria de Estado da Saúde (SES) deu início, nesta segunda-feira (16), à primeira fase do inquérito sorológico da doença de Chagas no povoado Rui Vaz, em Axixá (MA). O objetivo é traçar o perfil clínico-epidemiológico da população, identificar fatores de risco e propor intervenções para reduzir a transmissão da doença no estado. A pesquisa será realizada até sexta-feira (20) com entrevistas, coletas de materiais biológicos e captura de vetores.
Nesta etapa inicial, a ação envolve cerca de 40 participantes e 12 gestantes, incluindo familiares, com atividades na Unidade Básica de Saúde (UBS) e visitas domiciliares. A pesquisa também inclui a captura de triatomíneos (barbeiros), vetores do Trypanosoma cruzi, causador da doença, e análise de materiais coletados no Instituto Oswaldo Cruz – Laboratório Central do Maranhão (IOC/Lacen-MA).
Segundo o secretário estadual de Saúde, Tiago Fernandes, a iniciativa busca usar a ciência para planejar medidas preventivas e cuidar melhor da população: “Compreender o perfil da doença nos ajudará a implementar estratégias eficazes.”
Na segunda fase, prevista para janeiro de 2025, cerca de 1.400 moradores participarão do estudo, que incluirá a análise de alimentos locais, como juçara, coletados em estabelecimentos listados pela Vigilância Sanitária.
A pesquisa, conduzida com apoio do Instituto Oswaldo Cruz e especialistas em entomologia, tem conclusão prevista para abril de 2025. Monique Maia, chefe do Departamento de Epidemiologia da SES, destaca: “Precisamos de dados alinhados à realidade local para organizar uma linha de cuidado integrada, prevenindo casos e transmissão vertical entre gestantes.”
Moradoras da comunidade elogiaram a ação. A pescadora Talia Marques, grávida de cinco meses, afirmou: “Achei a iniciativa necessária. É importante para a saúde da minha família.” Já Josiane Marques, de 37 anos, reforçou: “A gente fica sabendo se tem ou não a doença e como se prevenir.”
A doença de Chagas no Maranhão está ligada, principalmente, à ingestão de alimentos contaminados. O último surto foi registrado em 2017, no município de Pedro do Rosário, devido ao consumo de vinho de bacaba, afetando 39 pessoas que foram tratadas e curadas.
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